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O que é salário emocional, quanto custa e principais exemplos para sua empresa

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10 minutos de leitura
salario emocional

Entender o conceito de salário emocional e como aplicá-lo é um dos temas mais discutidos atualmente na gestão de pessoas. Isso porque o mercado de trabalho sofreu muitas mudanças que afetaram o relacionamento entre empresas e profissionais.

Antes, as pessoas disputavam para conseguir aprovação nas vagas e agora são elas que precisam lutar para atrair e reter talentos. Essa nova realidade traz desafios e necessidades urgentes de criar hábitos em relação à atenção aos colaboradores.

A pandemia, por exemplo, acelerou a adoção do trabalho remoto e trouxe à tona a importância de cuidar da saúde mental dos profissionais. Logo, um salário, 13º e ajudas de custo não são mais o único atrativo de uma vaga.

Nesse artigo, você aprenderá a relevância de aplicar o salário emocional na sua empresa para manter os melhores talentos engajados e felizes. Afinal, a felicidade dos colaboradores não está mais associada unicamente a quantidade de dinheiro oferecido. 

Boa leitura!

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O que é salário emocional?

O desenvolvimento de soluções para alcançar a felicidade do colaborador é a melhor forma de definir salário emocional. Desse modo, ele se torna um conjunto de benefícios focados em melhorar a saúde no trabalho.

Todo profissional que atua como gestor precisa entender que o capital humano é o bem mais precioso da organização. Assim, cuidar da saúde mental dessas pessoas ajuda na prevenção de doenças como a Síndrome de Burnout.

E para isso são incluídos no “contrato de trabalho” alguns produtos ou serviços valorizados pelos colaboradores tanto, ou mais do que um salário mínimo ou dos valores na folha de pagamento. É o valor emocional.

No mercado de trabalho anterior, o dinheiro era considerado o fator mais importante na hora de decidir por um emprego. Contudo, os tempos mudaram e os profissionais passaram a considerar outras ofertas além da monetária, são os benefícios intangíveis.

Estas são consequências do novo modelo de mercado e assumem uma posição estratégica no planejamento da gestão de pessoas. As lideranças passaram a se preocupar com questões associadas ao bem-estar e ao crescimento profissional, que não necessariamente estão explícitas no contrato de trabalho.

Entre elas:

Lembrando que não estamos dizendo que os colaboradores não devem ser bem pagos por seu trabalho. Há uma diferença entre salário emocional e salário líquido. Na verdade, é exatamente o oposto, já que o salário líquido no final do mês não é o único foco.

Outras questões passaram a ter maior valor para a qualidade de vida desses profissionais. Desse modo, são ofertas que se enquadram como salário emocional:

Vale ressaltar ainda que as empresas precisam estar preparadas para discutir estratégias efetivas para a retenção dos talentos, caso contrário estará sujeita a perdê-los.

Vantagens do salário emocional

Há momentos em que as empresas não conseguem aumentar os salários dos funcionários. Porém, isso não significa que os colaboradores não possam ser compensados por seu trabalho.

A felicidade do colaborador depende de muitas outras coisas além do que está no holerite ou folha de pagamento. Esses detalhes promovem benefícios individuais e coletivos denominados como efeitos colaterais dos cuidados com a saúde no trabalho. Conheça alguns benefícios, a seguir.

Bem-estar psicológico

Quando os colaboradores percebem que a organização está preocupada com sua vida e necessidades pessoais, eles se sentem mais motivados. Quando os níveis de estresse estão mais altos, a noção de que seu trabalho está sendo reconhecido auxilia na redução.

As ações desenvolvidas para proporcionar bem-estar e qualidade de vida no ambiente de trabalho retornam para a empresa como produtividade.

Redução de turnover

A oferta de contratos de trabalho mais flexíveis com horários diferenciados, home office ou híbrido facilitou a vida de muitas pessoas. Isso porque os profissionais estão tendo cada vez mais demandas pessoais para alinhar com o trabalho.

Por exemplo, o cuidado com os filhos. Ter um horário flexível ou trabalhar de casa permite que os pais equilibrem suas rotinas. Ademais, algumas empresas disponibilizam o auxílio creche para seus colaboradores.

Tornar a vida profissional e pessoal dos trabalhadores mais saudável reduz a taxa de turnover, pois as pessoas se tornam mais engajadas e motivadas com a empresa. 

Oportunidades para desenvolvimento e plano de carreira

Como dito, os profissionais não buscam apenas um salário mínimo ou uma boa remuneração. Eles desejam maiores oportunidades para crescimento e desenvolvimento de carreira.

Atualmente, um dos benefícios mais atrativos nas vagas de emprego é a possibilidade de construir um plano de carreira. Para isso as empresas apostam em:

  • Cursos para desenvolvimento de talentos;
  • Coaching;
  • Mentoring;
  • Aquisição de novas habilidades;
  • Cursos de idiomas;
  • Treinamentos corporativos.

Os empregadores devem incentivar o autodesenvolvimento, tanto profissionalmente quanto pessoalmente.

Quanto custa o salário emocional?

Para saber quanto custa o saláriƒdso emocional para a sua empresa, entramos naquela velha questão: a felicidade tem preço? Nesse caso, sim! E a boa notícia é que não precisa ser caro. 

Por mais que o foco dessa estratégia seja buscar melhor qualidade de vida para todos, o fato é que colaboradores felizes produzem mais e melhor.

São inúmeras as ações que podem ser estimuladas para criar uma política de salário emocional no seu negócio. Não são apenas as empresas grandes e super lucrativas que podem desenvolver esse planejamento de felicidade corporativa

O salário emocional deve ser algo pensado para ser aplicado a médio e longo prazo. É possível colocar em prática algumas ações demandando pouco tempo e recursos. No final do dia, após colocar na balança o que foi gasto e a melhora na eficiência e produtividade, o resultado é claro.

Investir na saúde física e mental de todos na empresa vale a pena, pois é possível colher bons frutos. Por exemplo:

Como medir a satisfação dos colaboradores?

Até aqui falamos sobre pontos importantes relacionados ao salário emocional, mas como medir a felicidade dos colaboradores? Pensando em ajudar você, gestor ou profissional de RH, a Factorial criou um modelo para cálculo de eNPS.

O Employee Net Promoter Score é uma ferramenta muito utilizada para medir a satisfação e a lealdade dos trabalhadores. 

Com a aplicação de questões bem objetivas você consegue entender quais problemas existem. Desse modo, é possível aplicar esforços direcionados para correção e melhora. 

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A geração millennials e a adoção do salário emocional

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Itaú BBA, publicada na Época Negócios, os millennials representam 50% da força de trabalho. Essa é uma das principais razões para as empresas implementarem o salário emocional em suas políticas de retribuição.

Esses colaboradores nascidos entre o começo dos anos 80 e meados dos 90, são parte de uma geração que valoriza outras formas de remuneração. Ou seja, eles estão em busca de outras maneiras para serem valorizados além do pagamento em dinheiro.

Eles também são os que mais prosperam com o trabalho em um ambiente que oferece desafios profissionais constantes. Além disso, os millennials são profissionais qualificados com experiência em uma grande variedade de áreas.

Não se sentem preocupados com um ambiente de incertezas, pois demonstram fácil adaptação. Coletivamente, eles fazem parte da força de trabalho que vê a mudança como algo bom.

A atração e retenção de talentos millennials não precisa ser uma tarefa difícil

Para atrair e reter talentos considerados millennials é necessário diversificar a cartela de benefícios, principalmente em relação à oportunidade de crescimento constante. Uma excelente dica é disponibilizar um sólido plano de carreira que permita a expansão dos seus conhecimentos.

A decisão final de ficar ou deixar a empresa não dependerá de um aumento de 5% do salário anual. 

Você terá que ser criativo se quiser reter os talentos millennials e diminuir a rotatividade em sua empresa. Sabemos que o aumento de turnover gera gastos e trabalho extra para gestores de RH.

Uma empresa onde “ninguém para” pode passar uma visão negativa sobre a marca e os serviços prestados aos clientes. Portanto, as consequências não afetam apenas o desenvolvimento de equipes, mas a imagem da sua empresa no mercado.

Pensar num plano de carreira que inclui salário emocional e saúde no trabalho é muito relevante para manter os talentos.

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Cada vez mais empresas começam a oferecer benefícios e planos de remuneração a seus funcionários. Por exemplo:

Principais exemplos de salário emocional

Como você viu, já mencionamos alguns exemplos de salário emocional ao longo do texto. Porém, ainda faltou detalhar as informações e faremos isso agora, confira:

Horas flexíveis

Mesmo que a jornada de trabalho completa ainda seja de 8 horas diárias e 40 semanais, manter a rigorosidade já não tem muito sentido para algumas profissões. Dependendo da função exercida é possível flexibilizar o horário desde que cumprido o limite semanal.

De certa forma, essa flexibilização garante a permanência de muitos profissionais em seus empregos e também proporciona saúde e bem-estar.

Outro ponto é a necessidade de estar presencialmente no escritório. Com o desenvolvimento do home office durante a pandemia, as empresas permitiram que profissionais de diferentes regiões conseguissem se manter empregados.

O que é importante é que os funcionários façam seu trabalho corretamente, entreguem as tarefas nos prazos e com qualidade. 

Os horários flexíveis são especialmente atraentes para funcionários com filhos, cuidadores de outras pessoas ou até mesmo animais de estimação. Além disso, deixar que os colaboradores adotem o modelo híbrido não gera custos adicionais ao empregador.

Treinamento de competências

Oferecer treinamento especializado fora do escritório, com especialistas na área, é parte da estratégia de salário emocional. Esta é, sem dúvida, uma ótima maneira de motivá-los a continuar com a aprendizagem.

Desse modo, qualquer treinamento extra que os colaboradores recebam, tem que ser entendido como um investimento para todos, pois beneficia toda a empresa.

Creche e atenção às crianças

A melhor maneira de ajudar as mães e os pais com o cuidado das crianças é fornecendo-lhes alguma assistência. A creche é um ótimo exemplo de salário emocional.

Isso ocorre porque alivia o estresse que eles têm em casa e que muitas vezes precisam lidar sozinhos. Durante a pandemia e o teletrabalho, esse quadro piorou para muitos colaboradores. 

Espaços de lazer

As condições do escritório são coisas importantes para se pensar também, pois afetam diretamente a saúde no trabalho. Se a sua empresa tiver um espaço que não está sendo bem utilizado, considere a criação de uma sala de lazer para seus colaboradores.

Neste local, eles poderão relaxar e se desconectar para renovar as energias. A manutenção de um bom ambiente de trabalho é vital para a felicidade de seus funcionários.

Trabalho voluntário

Outra iniciativa interessante é estimular o trabalho voluntário. Algumas empresas oferecem aos colaboradores horas extras como folgas remuneradas, quando eles participam ativamente como voluntário de causas importantes. 

Isto não só ajuda na saúde mental dos colaboradores, mas também ajuda a construir uma sociedade melhor.

Ginástica laboral

A ginástica laboral é um tema que está ganhando força nos últimos tempos por causa do aumento do home office. Isso aconteceu, pois as horas em frente ao computador dobraram e as pessoas estão trabalhando ainda mais em suas casas. 

Uma solução para prevenir doenças nas mãos, braços, costas e olhos é criar a cultura da ginástica laboral.

Chamar uma reunião online ou no escritório para pausar pelo menos 10 minutos, 2 vezes ao dia. Desse modo, estimular exercícios de alongamento e respiração ajudam a melhorar o foco e a performance dos colaboradores.

Remuneração variável

A remuneração variável, permite aos funcionários escolher entre os serviços oferecidos pela empresa, com base em suas necessidades. Esse tipo de remuneração é denominada dessa forma, pois apresenta formas flexíveis de beneficiar o colaborador.

Por exemplo, criar premiações, oferecendo ao colaborador experiências incríveis que fiquem na memória. Além das comissões por metas, você também pode considerar a participação nos lucros e bônus anuais.

Benefícios sociais

Os avanços do mercado também trouxeram à tona um assunto extremamente importante. Como dissemos, a saúde mental dos colaboradores é uma preocupação constante para o gestor e profissionais de RH.

Assim, oferecer auxílio e encaminhamento profissional pagos pela empresa previne a Síndrome de Burnout ou demais baixas médicas. Esse cuidado faz com que as pessoas se sintam acolhidas e estimula a produtividade do indivíduo.

✅ Como planejar o salário emocional na sua empresa?

Agora você já conhece mais a fundo o que é e a importância do salário emocional, quanto custa e seus principais exemplos. Provavelmente, agora existe uma grande dúvida em sua cabeça:

Como focar no salário emocional com tantas tarefas de Recursos Humanos que dependem de você para serem realizadas?

Não se preocupe! Nós te ajudamos com isso. Com o software para gestão de RH da Factorial, você automatiza todos os processos do setor de uma maneira fácil, simples e segura. 

Imagine reduzir horas de trabalho, toda aquela papelada, melhorar a organização e digitalizar documentos importantes. Ou ainda automatizar todas as fases de gestão de pessoas, desde:

E não para por aí: a Factorial também oferece Relógio de Ponto Digital, gestão de ausências, folha de pagamento, assinatura digital, organograma, portal do colaborador e muito mais. 

Sabe o melhor? Tudo em um só lugar, todas essas funções na mesma plataforma, e ainda com aplicativo para celular.

Se você está buscando implementar uma cultura de felicidade corporativa e saúde emocional em benefício geral da empresa, nós podemos te ajudar. 

Gastando menos tempo com tarefas que podem ser automatizadas, você terá tempo de criar estratégias específicas para motivar a saúde no trabalho e facilitar a sua rotina. Por exemplo:

  • Desenvolver um plano de carreira personalizado;
  • Promover eventos de ginástica laboral;
  • Organizar a remuneração variável;
  • Montar os turnos com carga horária flexível. 

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Renata Chies é jornalista e comunicadora social. Nos seus 10 anos de experiência na área da Comunicação, já trabalhou como repórter de rádio, televisão e online, produtora, editora, redatora, social media e assessora de imprensa. Na Factorial, produz conteúdos atualizados sobre o universo dos Recursos Humanos.

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1 Comment

  • Parabéns pelo artigo. De fundamental importância o esclarecimento desse assunto. Em tempos como estes, nada mais justo e necessário do que falarmos sobre o salário emocional.

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