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Síndrome de Burnout: 7 dicas para apoiar os colaboradores

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9 minutos de leitura
sindrome de burnout

A síndrome de burnout é um dos maiores desafios para as empresas atualmente, sendo cada vez mais uma prioridade nos planos de gestão de pessoas. Veja a seguir o que é burnout, quais os sintomas e como o RH e a liderança podem garantir o bem-estar dos colaboradores no dia a dia. 

O estresse no ambiente de trabalho já era uma realidade antes pandemia. Na verdade, a chamada síndrome de burnout estava se tornando um problema tão persistente que, em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adicionou esta condição à 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças.

Estes são apenas alguns dados de outros países em relação à síndrome de burnout. Assim como em diversos lugares do mundo, muitos brasileiros também têm sofrido com este problema. 

Com mais profissionais em home office, este problema não diminuiu. A dificuldade em estabelecer o Work Life balance fez com que os sintomas da síndrome de burnout aparecessem ainda mais em colaboradores de muitas empresas. Por isso, é importante que os profissionais de RH e os gestores estejam atentos à rotina dos colaboradores constantemente.

Veja a seguir dicas e práticas que podem ajudar neste desafio e tornar o ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

O que é Síndrome de Burnout?

Os colaboradores com baixa motivação, desinteressados ​​e com problemas de produtividade podem estar sofrendo da chamada Síndrome de burnout, cada vez mais comum nas organizações.

Mas afinal, o que é Síndrome de burnout? Segundo a definição da OMS:

A Síndrome de burnout é uma síndrome conceitualizada como resultante de estresse crônico no local de trabalho que não foi administrada com sucesso.

Em suma, a síndrome de burnout ocorre quando os funcionários mantêm altos níveis de estresse por muito tempo. É um esgotamento no trabalho que pode ser desencadeado por uma ou mais situações ao longo do tempo.

Além de trazer riscos para a saúde dos colaboradores, o burnout pode afetar diretamente a empresa e as equipes, prejudicando a produtividade organizacional e a cultura empresarial. Por isso, é mais importante do que nunca que os empregadores saibam identificar os sintomas da síndrome de burnout e entendam quais as medidas preventivas para evitá-la.

Síndrome de Burnout: Principais causas

Os motivos para que um colaborador desenvolva a  síndrome de burnout são diversos. Dependendo do cargo, da empresa e do tipo de liderança do seu gestor direto, o colaborador pode desenvolver níveis de burnout mais ou menos expressivos.

Então, como evitar a síndrome de burnout dos funcionários? Os responsáveis pela gestão de pessoas nas empresas devem estar atentos às principais causas da síndrome de burnout na organização, para que consigam evitar novos casos. Algumas delas são:

  • Expectativas e objetivos que fogem da realidade
  • Objetivos mal definidos
  • Falta de orientação e apoio da liderança
  • Dificuldade de conciliar vida pessoal e profissional
  • Liderança sem competências de gestão
  • Falta de propósito ou dificuldade na progressão de carreira
  • Insatisfação com processos e cultura da empresa
  • Alta demanda no trabalho remoto
  • Conflitos no ambiente de trabalho
  • Falta de feedbacks positivos e construtivos

Independentemente da razão, a empresa deve estar atenta aos sintomas da síndrome de burnout. Veja a seguir alguns deles.

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Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?

O primeiro passo para apoiar os colaboradores com altos níveis de estresse e evitar baixas na empresa é saber reconhecer os sintomas da síndrome de burnout.  Aqui estão alguns dos indicadores comportamentais, emocionais e físicos de que seus funcionários estão sofrendo de burnout

Sintomas comportamentais:

  • Redução de energia. A síndrome de burnout esgota a energia dos funcionários e faz com que cada pequena tarefa pareça impossível de ser feita. Se seus colaboradores parecem mais lentos e menos produtivos do que o normal, é um alerta de que podem estar com a doença de burnout.
  • Baixa motivação. Trabalhadores remotos são especialmente suscetíveis a perder de vista a conexão com a empresa e se sentir desconectados. Eles podem sentir que nada do que fazem faz diferença e normalmente não fazem questão de participar de atividades de integração com a equipe.
  • Mais erros no trabalho. Cometer mais falhas nas tarefas rotineiras é um dos indicadores de burnout. Quando a qualidade das entregas também diminui, é preciso redobrar a atenção com o colaborador.

Sintomas emocionais:

  • Tristeza constante
  • Irritabilidade
  • Ansiedade
  • Nervosism
  • Apatia

Sintomas físicos:

  • Hipertensão
  • Sensação de falta de ar
  • Problemas gastrointestinais
  • Dores de cabeça
  • Alterações no sono e apetite

Se você notar algum desses sintomas de burnout em seus funcionários, é hora de agir. Sem ajuda, a síndrome de burnout do colaborador tende a piorar e trazer consequências ainda mais graves.

Síndrome de Burnout e CLT: O que diz a lei?

Com o aumento dos casos de burnout nas empresas e a gravidade dos sintomas relacionados à esta condição, a síndrome de burnout ganhou espaço nas pautas do mundo todo, trazendo um alerta para a saúde ocupacional nas empresas.

Dessa forma, a síndrome de burnout passou a ser considerada, na nova classificação da OMS de 2022, como doença ocupacional. Isso significa que, desde o dia 1º de Janeiro de 2022, os colaboradores disgnosticados com os sintomas de burnout terão os mesmos direitos que o colaborador com qualquer outra doença ocupacional.

As doenças ocupacionais são aquelas decorrentes do trabalho profissional exercido. Neste caso, a lei estabelece alguns pontos importantes sobre a síndrome de burnout:

  • O colaborador deverá buscar atendimento médico para avaliação dos sintomas e validação da doença.
  • A responsabilidade da empresa em cada caso será determinada a partir dos laudos médicos que comprovam o burnout.
  • Os colaboradores com síndrome de burnout têm direito a um período de afastamento remunerado de, no mínimo, 15 dias. Se o período determinado pelo laudo médico for maior, o colaborador poderá contar com o auxílio-doença do INSS.
  • Em casos mais graves, o colaborador poderá ter direito à aposentadoria por invalidez.
  • O colaborador pode abrir um processo trabalhista contra a empresa, que em casos de negligência poderá ter que pagar uma indenização ao funcionário.

Veja a seguir algumas dicas para aplicar no home office e no escritório para evitar este problema e auxiliar no tratamento do burnout.

👉Licença médica: Quais os tipos e quem tem direito?

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Home Office e burnout: A realidade de milhares de brasileiros

Com a pandemia, muitas empresas resolveram aderir ao trabalho híbrido ou ao home office integral.  Apesar da expectativa de melhoria de qualidade de vida, grande parte dos trabalhadores acabam se sobrecarregando, tendo dificuldade em estabelecer limites no horário de trabalho e na conciliação entre tarefas profissionais e domésticas.

Estudos mostram que níveis recordes de estresse e preocupação diários persistem desde o início da pandemia. Os funcionários chegam em um nível de esgotamento agora mais rápido do que nunca.

Os colaboradores que trabalhavam em casa antes da pandemia eram normalmente menos propensos a sofrer de burnout. Mas de acordo com um estudo realizado pela Gallup nos Estados Unidos, agora aqueles que trabalham em casa têm muito mais probabilidade de sofrer de burnout.

Os motivos para este cenário estão principalmente ligados à falta de flexibilidade de horário no trabalho remoto, ao aumento das demandas de trabalho e à dificuldade em conciliar atividades pessoais e profissionais no home office. Muitos colaboradores acabam tendo que lidar com muitas tarefas simultâneas, como cuidar dos filhos, realizar tarefas domésticas e estarem sempre disponíveis para todos. Veja a seguir dicas práticas para evitar e tratar a síndrome de burnout.

👉Ferramentas para gestão de pessoas no Home Office: Recursos e possibilidades

Como evitar a Síndrome de burnout: 7 dicas práticas

Para combater a síndrome de burnout do trabalho, os empregadores precisam priorizar o bem-estar do funcionário. Este cuidado deve passar pela saúde mental e física de cada um. Vivemos em tempos incertos e a síndrome de burnout parece inevitável, a menos que os gestores tomem medidas concretas para evitá-la.

Veja a seguir 6 dicas e medidas que podem ajudar a prevenir a síndrome de burnout no trabalho, além de opções que ajudam no tratamento deste problema.

1) Flexibilidade no trabalho remoto

Embora trabalhar em casa seja supostamente mais conveniente, o trabalho remoto não necessariamente envolve mais flexibilidade. Com todas as equipes online, alguns gestores acabam pressionando os colaboradores a entregarem ainda mais resultados e estarem sempre disponíveis.

Mas esse modelo de gestão não funciona mais para funcionários que estão fazendo malabarismos para dar conta das responsabilidades de casa, cuidados com a família e as tarefas do trabalho. Claro, algumas reuniões precisam ser organizadas e algumas decisões precisam ser tomadas.

No entanto, a flexibilidade nos horários e uma gestão baseada em resultados é fundamental no home office. Por isso, sempre que possível os gestores devem evitar a imposição de um horário rígido. Além disso, auxiliá-los com ferramentas e práticas de gestão do tempo no trabalho pode ser uma ótima solução.

2) Feedbacks e análises de desempenho periódicas

Os gestores que desejam evitar a síndrome de burnout precisam se comunicar com os funcionários regularmente. Mais importante ainda, eles precisam oferecer orientação e apoio aos colaboradores que sentem que seu trabalho não faz diferença.

Incentive os funcionários a refletirem sobre seu próprio desempenho e elogie o trabalho bem executado. Certifique-se de conectar suas realizações com os objetivos gerais do negócio.

O uso de softwares de gestão de desempenho pode ajudar a facilitar a discussão contínua e evitar a síndrome de burnout dos funcionários. Além disso, pesquisas de clima e questionários individuais podem destacar o que precisa ser ajustado na cultura empresarial e na gestão das equipes.

👉 Pesquisa de clima organizacional: Modelo em Word

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3) Intervalos mentais

Todos nós sabemos que o tempo ficou um pouco instável durante a pandemia. Março é junho; Segunda-feira é quinta-feira; dois são cinco; cinco são sete. Parece que os dias de trabalho se tornaram quase uma hora mais longos do que eram antes da pandemia .

Como os trabalhadores lutam para atender às expectativas, a melhor maneira que os empregadores podem apoiá-los é se certificando de que não estão trabalhando demais. Para isso, garanta que sua empresa use um relógio de ponto online e que seus funcionários estejam registrando o horário de trabalho de forma fácil e flexível.

Além disso, incentive cada colaborador a fazer pausas ao longo do dia. Já foi comprovado que as pausas aumentam não apenas a produtividade, mas também a criatividade .

4) Inteligência emocional no ambiente de trabalho

Para evitar a síndrome de burnout no trabalho, os gestores e o RH precisam investir no desenvolvimento de competências emocionais e comportamentais dos colaboradores.

Os líderes devem cultivar a inteligência emocional em suas interações, praticar a escuta ativa e se esforçar para criar uma cultura de confiança. Cultivar uma cultura de inteligência emocional ajudará a apoiar os trabalhadores e diminuir os sintomas da síndrome de burnout nas equipes.

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5) Experiência positiva do colaborador

Ouvimos muito sobre employee experience, mas como esse conceito podem ajudar a prevenir a síndrome de burnout?

Simples! Investir em métodos e ações que ajudem a melhorar a experiência do funcionário na empresa faz com que as equipe se sintam mais valorizadas, motivadas e confortáveis no ambiente de trabalho. Para isso, faça pesquisas internas e converse com os trabalhadores para entender o que realmente pode ajudá-los.

Isso inclui apoiá-los durante o home office. Saber quais são os maiores desafios nesse regime de trabalho é o primeiro passo. Certifique-se que sua equipa possui todos os recursos e o suporte necessário para trabalhar com eficiência e tranquilidade.

Além disso, oferecer atividades de integração e team building pode ajudar a manter a equipe unida e motivada, além de ajudar a diminuit os conflitos entre colegas de equipe.

6) Direito à férias e folgas

É muito importante que os gestores e o RH consigam organizar e gerir bem as férias de seus colaboradores. Antes de mais nada, para evitar erros e problemas jurídicos no futuro. Além disso, esse controle é essencial para que o direito de todos os trabalhadores seja respeitado.

Ao terem seus dias de férias cumpridos da maneira correta, os colaboradores se sentem mais respeitados e conseguem ter dias de descanso bem estipulados, que são fundamentais para prevenir a síndrome de burnout no trabalho.

Para isso, os gestores podem contar com planilhas em excel ou softwares de gestão de férias e ausências que organizem os dias de férias utilizados por cada funcionário. Assim, fica mais fácil manter a organização.

7) Ferramentas inovadoras e eficazes

Garantir que os colaboradores tenham os recursos e ferramentas necessários para realizar suas atividades de forma efetiva e ágil é fundamental. Mas mais do que isso, a empresa deve estar atenta à possibilidades de adotar tecnologias que ajudem a elevar a produtividade e simplificar processos no dia a dia.

Dessa forma, os colaboradores conseguem focar no que realmente importa, elevar a produtividade, atingir objetivos e, como consequencia, se sentem mais realizados e motivados.

Um exemplo de ferramenta que ajuda a centralizar e agilizar tarefas diárias dos colaboradores é o software de RH da Factorial.

Simplifique as tarefas diárias dos funcionários com o software de RH da Factorial. Automatize processos e garanta um dia a dia mais fácil e organizado. Com recursos para o RH, para gestores e para funcionários, esta ferramenta possui mais de 20 recursos que permitem tornar as tarefas diárias muito mais eficazes e simples. 

Veja alguns dos recursos disponíveis (e que podem ser testados na prática!):

  • Assinatura digital de documento
  • Ferramenta de gestão de despesas
  • Gestão e centralização de documentos
  • Controle de ponto online
  • Relatórios de RH
  • Sistema ATS para recrutamento e seleção
  • Gestão de férias e ausências
  • E muito mais!

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Bruna Carnevale é Content Manager da Factorial para os mercados do Brasil e Portugal. Com uma formação diversa em comunicação e línguas, se diz cada vez mais apaixonada pela área de RH e acredita que o acesso à informação de qualidade pode ajudar tornar a gestão de pessoas cada vez mais humanizada e eficiente.

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