Ser workaholic afeta a saúde mental no trabalho. O tema é muito importante e vem sendo debatido nos últimos anos. Neste artigo, falaremos sobre a responsabilidade das empresas e do setor de RH em lidar com os workaholics. Confira a seguir!
Sem dúvida, uma das funções dos integrantes de RH e DP, além dos CEOs das empresas, é cuidar da saúde mental dos colaboradores, além do bem-estar em geral. Portanto, é necessário identificar e lidar com a pessoa workaholic, aquele profissional que pode ter sua qualidade de vida comprometida negativamente.
Segundo uma reportagem da BBC Worklife, novos estudos mostram que trabalhadores no mundo todo estão fazendo uma média de 9,2 horas extras não remuneradas por semana. Afinal, o volume excessivo de horas extras, principalmente não remuneradas, pode originar em processo judicial e em quadro de exaustão levando a doenças ocupacionais. Saiba mais a seguir!
Índice
Como surgiu o termo workaholic?
Se você busca saber o que é workaholic, então provavelmente já pesquisou por “workaholics o que é”, “workaholic significado” e “workaholics tradução”.
Pessoa que trabalha demais e tem pouco interesse em outras coisas. A tradução em inglês para o português de “work” é “trabalho”, enquanto “oholic” vem de uma variação da palavra “(alc)oholic”, que significa “viciado”. Sendo assim, a tradução é “viciado em trabalho”.
Apesar de parecer ser um termo recente, esse tema surgiu em 1977, citado pelo psicólogo Wayne Oates. Esse profissional foi o primeiro a identificar um tipo de comportamento patológico em alguns profissionais.
Na época o psicólogo descobriu que os indivíduos patologicamente comprometidos pelos seus trabalhos tendiam a extrapolar os seus limites mentais e físicos, alcançando um alto nível de exaustão.
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O que é ser workaholic?
O workaholic é aquele profissional que possui jornadas intermináveis de trabalho e tem pouco tempo livre. Geralmente, esse tipo de funcionário fica além do seu horário de expediente e passa a impressão de que produz mais do que outros colegas.
No entanto, apesar de passar mais tempo no trabalho que os demais na empresa, nem sempre realmente entrega mais e melhores resultados. Isso porque um profissional cansado mentalmente e fisicamente pode perder o foco do seu potencial. Além disso, esse comportamento se trata de traços de uma patologia que precisa de acompanhamento psicológico.
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Como identificar um funcionário workaholic?
Agora que você sabe o que significa workaholic, já está pensando em como descobrir os “workaholic sintomas”. Então saiba quais são esses sinais para identificar nos profissionais da sua empresa.
Sintomas profissionais
- possui carga horária exagerada;
- falta de estratégias para organizar o tempo;
- não consegue delegar tarefas para outros colegas;
- falta de organização em relação a desafios profissionais, resultando em acúmulo de trabalho;
- incapacidade de dizer “não” a pedidos dos superiores, mesmo com muito trabalho;
- falta de socialização com os colegas;
- possui problemas de relacionamento na equipe;
- redução no desempenho ao longo prazo;
- trabalha mesmo doente, em dias de feriados ou finais de semana;
- não solicita férias ou trabalha mesmo nas férias;
- verifica e-mails a cada 5 minutos;
- não promove o trabalho em equipe, escolhendo assumir as responsabilidades sozinho.
Sintomas pessoais
- problemas econômicos;
- enorme interesse por dinheiro;
- não tem hobbies ou interesses;
- pula as refeições do dia;
- só conversa sobre trabalho, mesmo quando fora dele;
- possui problemas familiares que fazem com que o trabalhador atrase seu retorno para casa.
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Os riscos para a saúde do workaholic
Pessoas com vício no trabalho sofrem consequências negativas na vida pessoal, familiar e profissional, que podem levar ao isolamento, ao térmico de relacionamentos e aos problemas familiares. Além disso, ser workaholic também pode desenvolver problemas de saúde física e mental. São eles:
- estresse;
- irritabilidade;
- impaciência;
- ansiedade;
- baixa autoestima;
- agressividade;
- Síndrome do Impostor;
- Síndrome de Burnout;
- mau-humor;
- depressão;
- crises de sono;
- insônia;
- cansaço excessivo;
- hipertensão;
- queda de cabelo;
- desnutrição;
- colesterol alto;
- gastrite e úlceras;
- tendência a infecções;
- contraturas musculares e dores ósseas;
- transtornos vasculares e cardíacos, ataques cardíacos, embolias;
- entre outras.
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Workaholic é doença?
Afinal, workaholic é doença? Como mencionamos, a necessidade excessiva e incontrolável de trabalhar incessantemente afeta a saúde física, mental, financeira e social desses profissionais.
No entanto, o vício em trabalho ou workaholismo não consta na CID (Classificação Internacional de Doenças), ou seja, não é classificada como doença. Porém, os sintomas desse problema causado pelo excesso de trabalho podem fazer com que o profissional adoeça, causando à exaustão mental e emocional.
Portanto, é inevitável examinar as características e comportamentos dos workaholics para evitar casos mais extremos como a Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional resultante de situações de trabalho e reconhecido em 2019 pela OMS como grave “fenômeno ocupacional”.
Existe tratamento para workaholic?
Agora que você sabe que workaholic não é classificada como doença, mas pode causar diversos sintomas para a saúde física e mental, então explicaremos sobre o “workaholic tratamento”.
Primeiramente, o que faz um workaholic precisar de tratamento é que, para ele, o excesso não é nada ocasional, mas uma condição permanente. Sendo assim, quando um profissional não consegue ficar longe do trabalho e se sente inseguro, pressionado e estressado o tempo todo, então é hora de buscar tratamento.
Um profissional que cuida da saúde mental pode ajudar um workaholic a entender os sintomas e a desenvolver mecanismos de defesa saudáveis.
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Como não se tornar um workaholic?
Além da ajuda psicológica para pessoas que já sofrem do vício em trabalho, existem algumas ações que precisam ser feitas para estabelecer limites no trabalho e desfrutar o lazer. Veja as dicas para não se tornar um workaholic e compartilhe com os colaboradores da sua empresa. Confira:
- Saber realizar um bom gerenciamento de tempo;
- Aprender a delegar as tarefas para outros profissionais;
- Criar limites claros para o expediente de trabalho;
- Não trabalhar em feriados, folgas e férias;
- Fazer horas extras apenas quando necessário e sem comprometer a qualidade vida;
- Promover um propósito no trabalho, além da simples execução de funções;
- Cuidar da vida pessoal e relações pessoais;
- Realizar intervalos de pausas durante o trabalho;
- Não responder e-mails de trabalho após o expediente;
- Não levar trabalho para casa;
- Tentar encontrar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
- Procurar ajuda profissional da saúde, se necessário.
Como o RH deve lidar com funcionários workaholics?
A melhor maneira de lidar com o workaholic é a prevenção de problemas relacionados com o vício em trabalho. Por isso, antes que seus colaboradores desenvolvam problemas de saúde física e mental causados pelo workaholismo, veja o que os profissionais de RH podem fazer:
1. Implementar programa de bem-estar
O RH pode criar e implementar um programa de bem-estar para cuidar da saúde mental e física dos colaboradores. Esse tipo de programa pode contar com palestras sobre bem-estar pessoal e qualidade de vida no trabalho, voltado sobre os riscos do workaholismo.
Além disso, esse programa também pode contar com benefícios corporativos que promovem os cuidados com a saúde mental, como terapia com profissionais.
2. Realizar avaliações de desempenho regulares
As avaliações de desempenho trazem muitas informações sobre o comportamento do colaborador no trabalho, inclusive os sintomas de quem é workaholic.
Portanto, o RH precisa promover avaliações regulares para identificar o vício em trabalhar, além dos níveis de satisfação e motivação com a empresa.
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3. Usar softwares para controle de horas
Como mencionado, o excesso de horas trabalhadas após o expediente é um dos principais problemas de quem é viciado no trabalho. Além de trazer riscos para a saúde física e mental do funcionário, esse problema pode causar problemas judiciais.
Sendo assim, use um software de Recursos Humanos, como a Factorial, que dentre inúmeras funcionalidades, oferece um recurso para controle de relógio de ponto digital.
Assim, a área de RH conseguirá revisar diariamente as horas trabalhadas dos colaboradores e controlar as horas extras, evitando o excesso de trabalho.
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4. Criar estratégias de comunicação interna
As estratégias de comunicação interna podem informar os funcionários sobre o trabalho excessivo e os riscos associados ao workaholismo. Essa é uma ótima maneira de saber como identificar e prevenir esse problema no trabalho.
Portanto, distribua materiais informativos e envie e-mails com newsletter sobre os perigos do vício em trabalho. Incentive também a busca por um equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
5. Ensine como distribuir as responsabilidades
Desenvolva treinamentos sobre a distribuição de responsabilidades de acordo com cada perfil e cargo. Além disso, esses treinamentos precisam ensinar técnicas de gestão de tempo e de delegação de tarefas.
Fornecer software de gerenciamento de tempo também pode ajudar os funcionários a gerenciar suas responsabilidades, projetos e tarefas.
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6. Promover uma liderança saudável
Além de cuidar dos colaboradores, também é necessário cuidar dos líderes em relação ao workaholismo. Para isso, o RH precisa criar programas de treinamentos e desenvolvimento para ensinar aos líderes sobre como promover um ambiente de trabalho equilibrado e saudável.
Portanto, os líderes precisam saber da importância de estabelecer metas realistas, distribuir tarefas de forma equilibrada e incentivar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.