Cuidar da saúde mental no trabalho deixou de ser um “benefício extra” e passou a ser uma prioridade para empresas que querem reter talentos, fortalecer a cultura organizacional e aumentar a produtividade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), transtornos como ansiedade e depressão custam bilhões de dólares em perda de produtividade todos os anos. Mas além do impacto econômico, há um fator ainda mais importante: o bem-estar das pessoas que fazem a sua empresa acontecer.
Neste artigo, vamos entender o que é saúde mental no trabalho, por que ela é tão importante e quais práticas o RH e as lideranças podem adotar para promover um ambiente mais saudável.
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O que é saúde mental no trabalho?
Quando falamos em saúde mental no ambiente profissional, não se trata apenas da ausência de doenças, mas da capacidade de lidar com desafios, manter equilíbrio emocional e sentir-se motivado no dia a dia.
Um ambiente de trabalho saudável envolve:
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Relações positivas entre colegas e gestores
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Equilíbrio entre vida pessoal e profissional
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Cultura de apoio e empatia
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Condições de trabalho adequadas (carga horária, pausas, segurança)
Em resumo: pessoas que se sentem cuidadas e respeitadas tendem a ser mais engajadas, criativas e produtivas.
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Por que a saúde mental no trabalho é tão importante?
Além do impacto direto no bem-estar dos colaboradores, cuidar da saúde mental traz benefícios para a própria organização:
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Reduz o absenteísmo e presenteísmo
Colaboradores mentalmente saudáveis faltam menos e conseguem se manter produtivos. -
Aumenta a retenção de talentos
Ambientes que priorizam a qualidade de vida são mais atrativos para profissionais qualificados. -
Fortalece a cultura organizacional
O cuidado genuíno com as pessoas gera pertencimento e confiança. -
Estimula a inovação
Profissionais em equilíbrio emocional se sentem mais seguros para propor ideias e soluções.
Setembro Amarelo e saúde mental: por que falar sobre isso no trabalho?
A campanha Setembro Amarelo nasceu em 2014, inspirada pelo Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro), criado pela Organização Mundial da Saúde em 2003. Desde então, o mês ganhou um significado especial no Brasil: ser um momento de conscientização e diálogo sobre saúde mental, liderado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Infelizmente, os números reforçam a urgência do tema. No Brasil, cerca de 12 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, além dos casos não registrados. No mundo, esse número ultrapassa 1 milhão de vidas. Por isso, falar sobre saúde mental e quebrar tabus nunca foi tão importante.
O suicídio é resultado de uma combinação complexa de fatores — psicológicos, biológicos, genéticos, culturais e sociais. Entre as principais condições associadas estão a depressão, o transtorno bipolar e o abuso de substâncias. Pesquisas apontam que 96,8% das pessoas que cometeram suicídio tinham algum transtorno mental.
👉 No ambiente de trabalho, esse tema não pode ser ignorado. A depressão e a ansiedade já estão entre os principais motivos de licença-médica, mas ainda são frequentemente minimizadas ou vistas como “drama”. Além de afetar a vida pessoal, esses transtornos impactam diretamente as empresas, causando queda de produtividade, absenteísmo e até presenteísmo (quando o colaborador está presente, mas não consegue se concentrar ou entregar resultados).
É papel do RH e da liderança criar espaços de escuta, reduzir o estigma e promover práticas que favoreçam o bem-estar. Afinal, ambientes competitivos e estressantes podem agravar quadros de ansiedade e depressão, tornando a saúde mental no trabalho uma prioridade estratégica para qualquer empresa.
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Desafios comuns relacionados à saúde mental no trabalho
Alguns fatores ainda representam barreiras para um ambiente mais saudável:
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Jornadas longas e falta de equilíbrio com a vida pessoal
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Pressão por metas inatingíveis
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Falta de clareza nas funções
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Pouco espaço para feedback ou diálogo
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Estigma em torno do tema saúde mental
Reconhecer esses desafios é o primeiro passo para transformá-los em oportunidades de mudança.
👉 Veja mais:
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Como promover saúde mental no trabalho: 6 práticas essenciais
Separamos algumas estratégias que podem ser aplicadas pelo RH e pelas lideranças para fortalecer o cuidado com o time:
1. Incentive uma cultura de diálogo aberto
Crie canais formais e informais para que colaboradores possam falar sobre suas preocupações sem medo de julgamento.
2. Promova equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Flexibilidade na jornada de trabalho, home office ou semana de 4 dias são alternativas que podem ajudar.
Além disso, pode ser o caso de melhorar as políticas de RH, como estender licenças-maternidade e paternidade.
3. Invista em treinamentos de liderança empática
Gestores bem preparados fazem toda a diferença para construir confiança e reduzir conflitos.
4. Ofereça programas de apoio psicológico
Parcerias com clínicas, plataformas de terapia online ou programas de assistência ao empregado são cada vez mais valorizados.
5. Reforce a importância das pausas e do descanso
Pausas intrajornada, férias bem planejadas e incentivo ao desligamento fora do horário de trabalho ajudam a manter a saúde mental em dia.
6. Utilize tecnologia a favor do bem-estar
Ferramentas como a Factorial ajudam a reduzir burocracias, otimizar processos e dar mais autonomia aos colaboradores, deixando espaço para que eles se concentrem no que realmente importa.
O papel do RH e da liderança
Mais do que políticas no papel, o cuidado com a saúde mental precisa ser refletido na prática. O RH tem um papel fundamental em estruturar programas de bem-estar, mas é o exemplo das lideranças que consolida a cultura.
Quando gestores demonstram empatia, incentivam o diálogo e respeitam limites, todo o time se sente mais seguro para fazer o mesmo.
Além disso, analisar as necessidades do trabalhador, como tornar seu dia mais agradável e identificar como o desenvolvimento profissional pode fazer toda a diferença. Essas são algumas estratégias para implementar políticas pró saúde mental na sua empresa.
Como você deve saber, a gestão de pessoas vêm se tornando uma das principais vias para melhorar o employer branding, o relacionamento entre gestores e equipe, e promovendo melhores condições de trabalho.
Nesse sentido, observamos a relevância de alguns pontos:
Plano de carreira
Uma das pressões sociais mais fortes é pelo sucesso profissional. Dessa maneira, uma forma de dar mais segurança ao colaborador e lhe apresentar perspectivas reais sobre seu desenvolvimento na empresa é por meio de um plano de carreira sólido.
Desde sua chegada na organização, o RH deve abordar e traçar junto ao colaborador um planejamento sobre quais são as expectativas de empresa e funcionário. Assim como, quais serão os próximos passos do colaborador dentro da empresa.

Mapear o nível de estresse
Dados e números são as ferramentas do profissional de RH deste século. E não há dúvidas que o RH continuará a utilizar esses suportes. Sendo assim, para identificar como anda a saúde mental no trabalho, uma boa maneira é mapear o nível de estresse na empresa.
Crie questionários, converse com gerentes e subordinados, identifique comportamentos e etc. O objetivo é obter um relatório sobre como vai o nível de estresse na empresa.
Com isso, será possível planejar ações de acordo com o resultado dessa pesquisa e de que maneira elas atuarão, de forma mais branda e constante, ou acelerada e pontual.
Afinal, é possível que alguns membros da sua equipe estejam passando por situações de forte tensão e necessitem de ajuda urgente.
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Crie canais de comunicação
Ao abordar o tema da saúde mental no trabalho ou ao implementar programas ligados ao Setembro Amarelo, também apresente formas do trabalhador informar ou cuidar da sua saúde.
Além da obrigatoriedade das empresas em estabelecer a segurança e uma cultura organizacional adequada, instituída pela Lei n.° 14.457/22, um canal de denúncias contribui para a saúde mental no trabalho.
O colaborador pode informar anonimamente se está passando por momentos difíceis e pedir uma indicação sobre o que fazer. Assim como informar sobre episódios de bullying ou problemas com outros colaboradores que podem estar causando situações incômodas.
📚 Leia mais sobre Canal de denúncias nas empresas: como implementar conforme a lei
Abra a discussão sobre o tema
Nunca é demais abordar, criar rodas de discussão ou enviar informes sobre a depressão, ansiedade e sobre suicídio. Quebrar o tabu inclui atividades como essa em que o tema não pode ser esquivado ou tratado como desnecessário.
Falar sobre saúde mental no trabalho é essencial para que o próprio colaborador esteja atento sobre sua saúde psicológica e saiba quando é preciso buscar ajuda profissional.
Promover a saúde mental no trabalho é investir em pessoas — e, consequentemente, no crescimento sustentável da empresa. Organizações que entendem isso saem na frente na atração de talentos, no engajamento e nos resultados.
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